"Ai daqueles e daquelas que, em lugar de visitar de vez em quando o amanhã, o futuro, pelo profundo engajamento com o hoje, com o aqui e com o agora, ai daqueles que, em lugar desta viagem constante ao amanhã, se atrelarem a um passado de rotina (Paulo Freire, 2002)."
As palavras de Paulo Freire com que abrimos este texto resumem a idéia central de nossa reflexão em torno da necessária vitalidade do processo educativo. Na escola, muitas vezes essa vitalidade desaparece ou fica adormecida, quando professores e alunos são levados a repetir práticas de ensino-aprendizagem clássicas, sem muito espaço para a participação ou a criatividade. No entanto, há dispositivos pedagógicos, bastante acessíveis às escolas em geral, que dinamizam o processo de ensino aprendizagem e estimulam o engajamento criativo de seus integrantes. É o que pensamos acerca das oficinas pedagógicas, espaço em que os ideais de transformação e diálogo na escola pública são realidades em permanente construção.
Entendemos a oficina pedagógica como uma metodologia de trabalho em grupo, caracterizada pela construção coletiva de um saber, de análise da realidade, de confrontação e intercâmbio de experiências, em que o saber não se constitui apenas no resultado final do processo de aprendizagem, mas também no processo de construção do conhecimento.
Assim, desenvolve-se uma experiência de ensino e aprendizagem em que educadores e educandos constroem juntos o conhecimento num tempo-espaço para vivência, a reflexão, a conceitualização: como síntese do pensar, sentir e atuar. Como o lugar para a participação, o aprendizado e a sistematização dos conhecimentos.
Nossa prática enquanto professores está marcada pelo recurso a essa metodologia, graças a nossa escolha por um referencial teórico-epistemológico que considera a produção do conhecimento na escola pública como uma tarefa crítica e permanente, coletiva e dinâmica.
Como afirmamos na introdução deste texto, acreditamos que a oficina pedagógica constitui-se num importante dispositivo pedagógico para a dinamização do processo de ensino-aprendizagem, particularmente por sua praticidade, sua flexibilidade diante das possibilidades de cada escola e, mais que tudo, por estimular a participação e a criatividade de todos os seus integrantes.
Conseqüentemente, as oficinas pedagógicas são situações de ensino e aprendizagem por natureza abertas e dinâmicas, o que se revela essencial no caso da escola pública instituição que acolhe indivíduos oriundos dos meios populares, cuja cultura precisa ser valorizada para que se entabulem as necessárias articulações entre os saberes populares e os saberes científicos ensinados na escola.
Acreditamos que a experiência vivida e analisada pode comprova nossas afirmações anteriores, na medida em que promoveu entre o alunado e o professorado momentos de informação, questionamento, integração e aprendizagens em direção a uma maior autonomia dos profissionais e dos discentes.
O material que pode ser produzido pelos docentes e discentes, se revela bastante rico e, curiosamente, convergente com muitos dos conteúdos sobre as temáticas abordadas. Além disso, é possível supor que esse material possa repercutir em toda a escola, se for exposto por alguns dias para que outros alunos e professores observem e possam tomar conhecimento do que seus colegas poderão realizar.
Nesse sentido, essa metodologia não deve ser utilizada ao acaso nem no vazio. Ela convida a escola que a adota a desenvolvê-la no contexto de todo um projeto políticopedagógico voltado para os mesmos objetivos em torno dos quais ela é criada. Esse projeto, por sua vez, não deve ficar no papel: ao contrário, os dirigentes da escola que adota oficinas pedagógicas (em todos os seus níveis) comprometem-se a oferecer condições materiais e profissionais para sua execução e o aproveitamento de seus efeitos. Em resumo, as oficinas pedagógicas tanto promovem (quanto necessitam de) uma cultura de participação e de integração de todos na escola, ou seja, de um trabalho que seja preferencialmente coletivo.
É mister observar algo importante, no que diz respeito à utilização das oficinas pedagógicas pelas escolas. Essa metodologia exige um grupo de profissionais razoavelmente estável ou, ao menos, a elas habituado, pois a rotatividade de docentes prejudica a continuidade do trabalho desenvolvido através dessas oficinas. Por definição, ela cria ou reforça vínculos, que precisam ser mantidos pela instituição e seus dirigentes, a fim de que não sejam quebrados os elos formados pelas atividades e possa dar-se prosseguimento ao(s) projeto(s) executado(s).
As oficinas pedagógicas podem ser uma valiosa estratégia de formação continuada para educadores e educadoras escolares, desde que haja uma certa estabilidade do grupo em que essa formação acontece. Com as oficinas, além de interagir, os (as) profissionais tanto ensinam quanto aprendem: ensinam, certamente, conteúdos formais de cuja transmissão são encarregados; aprendem, porque, como se sabe, essa transmissão não é automática, mas supõe uma construção cognitiva individual de cada aluno e aluna, favorecida pelo trabalho coletivo. Aprendem, por conseguinte, como pensam seus alunos conhecimento esse indispensável para que possam cumprir uma tarefa complexa, a de facilitar a aproximação entre os saberes prévios do alunado e o saber sistematizado da escola.
Ora, isso só realmente ocorre em toda a sua potencialidade caso as oficinas sejam emolduradas por um vínculo estável com a instituição. Em outras palavras, se a formação profissional contínua é enriquecida pela construção coletiva de saberes na escola, a partir também dos vínculos que lá se estabelecem, esses vínculos grupais carecem, igualmente, de um vínculo com a instituição que permita a motivação e o investimento pessoal no trabalho pedagógico.
Entendemos a oficina pedagógica como uma metodologia de trabalho em grupo, caracterizada pela construção coletiva de um saber, de análise da realidade, de confrontação e intercâmbio de experiências, em que o saber não se constitui apenas no resultado final do processo de aprendizagem, mas também no processo de construção do conhecimento.
Assim, desenvolve-se uma experiência de ensino e aprendizagem em que educadores e educandos constroem juntos o conhecimento num tempo-espaço para vivência, a reflexão, a conceitualização: como síntese do pensar, sentir e atuar. Como o lugar para a participação, o aprendizado e a sistematização dos conhecimentos.
Nossa prática enquanto professores está marcada pelo recurso a essa metodologia, graças a nossa escolha por um referencial teórico-epistemológico que considera a produção do conhecimento na escola pública como uma tarefa crítica e permanente, coletiva e dinâmica.
Como afirmamos na introdução deste texto, acreditamos que a oficina pedagógica constitui-se num importante dispositivo pedagógico para a dinamização do processo de ensino-aprendizagem, particularmente por sua praticidade, sua flexibilidade diante das possibilidades de cada escola e, mais que tudo, por estimular a participação e a criatividade de todos os seus integrantes.
Conseqüentemente, as oficinas pedagógicas são situações de ensino e aprendizagem por natureza abertas e dinâmicas, o que se revela essencial no caso da escola pública instituição que acolhe indivíduos oriundos dos meios populares, cuja cultura precisa ser valorizada para que se entabulem as necessárias articulações entre os saberes populares e os saberes científicos ensinados na escola.
Acreditamos que a experiência vivida e analisada pode comprova nossas afirmações anteriores, na medida em que promoveu entre o alunado e o professorado momentos de informação, questionamento, integração e aprendizagens em direção a uma maior autonomia dos profissionais e dos discentes.
O material que pode ser produzido pelos docentes e discentes, se revela bastante rico e, curiosamente, convergente com muitos dos conteúdos sobre as temáticas abordadas. Além disso, é possível supor que esse material possa repercutir em toda a escola, se for exposto por alguns dias para que outros alunos e professores observem e possam tomar conhecimento do que seus colegas poderão realizar.
Nesse sentido, essa metodologia não deve ser utilizada ao acaso nem no vazio. Ela convida a escola que a adota a desenvolvê-la no contexto de todo um projeto políticopedagógico voltado para os mesmos objetivos em torno dos quais ela é criada. Esse projeto, por sua vez, não deve ficar no papel: ao contrário, os dirigentes da escola que adota oficinas pedagógicas (em todos os seus níveis) comprometem-se a oferecer condições materiais e profissionais para sua execução e o aproveitamento de seus efeitos. Em resumo, as oficinas pedagógicas tanto promovem (quanto necessitam de) uma cultura de participação e de integração de todos na escola, ou seja, de um trabalho que seja preferencialmente coletivo.
É mister observar algo importante, no que diz respeito à utilização das oficinas pedagógicas pelas escolas. Essa metodologia exige um grupo de profissionais razoavelmente estável ou, ao menos, a elas habituado, pois a rotatividade de docentes prejudica a continuidade do trabalho desenvolvido através dessas oficinas. Por definição, ela cria ou reforça vínculos, que precisam ser mantidos pela instituição e seus dirigentes, a fim de que não sejam quebrados os elos formados pelas atividades e possa dar-se prosseguimento ao(s) projeto(s) executado(s).
As oficinas pedagógicas podem ser uma valiosa estratégia de formação continuada para educadores e educadoras escolares, desde que haja uma certa estabilidade do grupo em que essa formação acontece. Com as oficinas, além de interagir, os (as) profissionais tanto ensinam quanto aprendem: ensinam, certamente, conteúdos formais de cuja transmissão são encarregados; aprendem, porque, como se sabe, essa transmissão não é automática, mas supõe uma construção cognitiva individual de cada aluno e aluna, favorecida pelo trabalho coletivo. Aprendem, por conseguinte, como pensam seus alunos conhecimento esse indispensável para que possam cumprir uma tarefa complexa, a de facilitar a aproximação entre os saberes prévios do alunado e o saber sistematizado da escola.
Ora, isso só realmente ocorre em toda a sua potencialidade caso as oficinas sejam emolduradas por um vínculo estável com a instituição. Em outras palavras, se a formação profissional contínua é enriquecida pela construção coletiva de saberes na escola, a partir também dos vínculos que lá se estabelecem, esses vínculos grupais carecem, igualmente, de um vínculo com a instituição que permita a motivação e o investimento pessoal no trabalho pedagógico.
Acadêmicos:
Alexandre Rocha Gomes;
Antonio César Brito Santos;
Claudia Vilarim;
Cídia Rocha Gomes;
Josilene;
Mateus Rocha Gomes.